16 de jul. de 2010

APENAS UMA VOZ se levanta contra o DESCASO com o Patrimônio de Gramado/RS?

Tenho certeza de que, dentro dos procedimentos normais de uma pessoa preocupada com a memória coletiva e os cuidados legais que envolvem um Patrimônio Histórico, artístico e cultural de uma comunidade, fiz o que deveria ter feito, ou seja, uma denúncia para o Ministério Público de meu município. Isto me faculta a lei, e creio que foi apenas este interesse, e nenhum outro, ouvido pelo Sr. Promotor, que resultou na abertura deste Inquérito Civil. Com o encaminhamento do assunto para profissionais nas áreas de Arquitetura Religiosa Histórica e Historiadores ligados ao Ministério Público, creio haver um olhar externo necessário para que esta obra não ocorra e o SÍTIO HISTÓRICO DA IGREJA MATRIZ SÃO PEDRO de Gramado tenha a valorização da fé e do trabalho de uma comunidade inteira que durante estes últimos noventa e tantos anos, tem construído pedra a pedra, a devoção dedicada ao Padroeiro São Pedro. Minha esperança primeira é de que o investidor financeiro deste empreendimento, Sr. MARCELO HEITING resgate este momento, revisando esta proposta que o faria um BENFEITOR de nosso patrimônio cultural.Seu nome tomaria um outro valor junto aos empreendedores que aqui aportam. Em segundo lugar, que a comunidade tivesse oportunidade, não de uma audiência pública, mas a um PLEBISCITO onde pudesse opinar e se responsabilizar pelos destinos deste espaço de interesse público.
Tenho recebido ajuda técnica de historiadores e pessoas ligas a igreja e ao patrimônio histórico do RS, bem como, diuturnamente, de pessoas de nossa comunidade. E quero deixar o convite para que se manifestem na imprensa, nas rádios, ao Ministério Público, comigo, de forma concreta e verdadeira, pois tenho certeza de que o pedido é correto e humano. Que existem muitos outros lugares para se investir em Gramado. Que a Diocese pode receber o que a nossa Igreja São Pedro deve, da mesma forma que o fez até aqui, contando com seus fiéis. Afinal, deve confiar mais neles. E por último, dizer que o Cine Embaixador pode permanecer por muitos anos ainda da forma que está, pois tem o tamanho e a medida de nossa comunidade que ali também, através de acionistas legais, mesmo minoritários, deram de si para que ele existisse. Tudo tem uma medida certa e não se pode soterrar o que nossos antepassados fizeram, pelo simples motivo de que a comercialização é necessária.

Marilia Daros

(enviado para a imprensa e para nosso e-mail em 16/07/2010)
Imagens de Marilia Daros
A Casa Paroquial abaixo foi demolida.

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